segunda-feira, 7 de maio de 2012

BARRIS NA NEVE

Barris Na Neve 


 Há muitos anos, um judeu muito devoto e temente a Deus, que todos os anos ia a pé pelas estradas geladas da Rússia, passar os dias de Rosh Hashaná, Yom Kipur, Succot e Chanukah com seu Mestre, ia novamente cumprir sua viagem anual, já velho e cansado, mas ainda determinado a ir e aprender mais com seu velho Mestre. Só que desta vez, a certa altura da viagem, suas pernas e pés simplesmente se negaram a andar e ele se viu ali, sem força alguma para continuar. “É, estou aqui sozinho e certamente vou morrer no meio da neve”, mas graças a Deus estou no caminho e sei que isto contará a meu favor diante do Eterno. Só peço a Deus que eu tenha um enterro digno de um Judeu e que os animais selvagens não me devorem. Ele estava ali entregue aos seus pensamentos, quando lhe pareceu ouvir um ruído de rodas de carruagem sobre a neve. Apurou os ouvidos e realmente eram rodas de ferro sobre a neve; até o ruído das patas dos cavalos ele podia ouvir e o condutor ainda ia cantando pelo caminho afora. Que alegria!!!! Ele não iria mais morrer ali, alguém estava vindo e ele chegaria à sinagoga e estaria com seu querido Mestre ainda desta vez. 
“Eh, Moisés”, (era assim que os não-judeus russos chamavam os judeus) está enterrado na neve? Quer uma carona? Se você achar um lugar, pode subir que eu te levo comigo.” 
Dizendo isto, estendeu-lhe a mão. O velho senhor agarrou aquela mão e num esforço, subiu para a carruagem que ia atulhada de grandes barris. E a viagem prosseguiu. O judeu ia ali entre aqueles grandes tonéis e percebeu que ainda estava congelando de frio. Foi então que alguma coisa gotejou de um tonel. Ele pensou, “ah, deve ser vinagre, ou vinho, ou azeite...” Mas não, ele provou e percebeu que era vodka! 
 Ele então gritou ao condutor que precisava de uma caneca daquela vodka, e que iria pagar por ela, porque ele estava congelando ali. O condutor lhe disse que certamente, podia tomar até mais de uma caneca. Pois a segunda, foi melhor que a primeira!!!!! E logo aquele velho judeu estava quente e animado; os dois começaram então a cantar e as dez horas de estrada lhes pareceram minutos, de tanta animação. Quando ele chegou à cidade do seu Mestre, acertou as contas com o condutor da carruagem, este lhe deu beijos nas bochechas, um caloroso abraço e seguiu viagem. 
O velho judeu foi logo para a Sinagoga. Ao chegar, quando teve a oportunidade da saudação, disse aos seus companheiros: “Hoje eu aprendi uma grande lição, meus irmãos”, enquanto ocasionalmente esfregava as mãos para aquecê-las... Vocês sabem que a Torah é comparada à Água, certo? E sabem que ela pode tornar os judeus quentes e felizes, não sabem? E é por isto que nossos Mestres nos ensinam as palavras da Torá. A Torah inclui todos os tipos de água; assim, os ensinamentos dos nossos Mestres, são a Vodka da Torá. A parte da Torah que faz você quente e feliz!” 
Bom, ninguém sabia onde ele queria chegar com aquela conversa, mas todos o ouviam calados, respeitando sua muita idade, esperando que ele continuasse. “Bem, só hoje eu descobri que um judeu observante, pode estar cercado de ensinos bons, por barris de ensinamentos calorosos, por um mar de Torah e ainda assim ser frio, morrendo mesmo de frio!” “Mas, se apenas um pouco de ensinamentos, um pouco de Torah vai para dentro dele, ahhh... isso é uma história completamente diferente!!! Logo em seguida, ele se torna quente e vivo e na verdade, ele ainda pode aquecer todo mundo ao seu redor também!!!” ............................ 
 Quando li esta história linda no site da Chabad.org, contada pelo Rabbi Tuvia Bolton, de Yisrael, na hora vi que precisava ser traduzida e contada aqui no meu blog. Que riqueza de experiência!!!!! Ensina a cada um de nós!!!! 

Vivam felizes e aquecidos pela Água Viva da Palavra de Deus, bebendo dela todos os dias, pois assim vão aquecer o coração de quantos estiverem ao seu redor também!!!! Beijinhos!!!!

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